terça-feira, 10 de abril de 2012

Capitulo 06 - Minha melhor amiga?

Acordei, abrindo os olhos lentamente. Deitado, vejo o céu azul sobre minha cabeça, limpo, sem nuvem alguma.

- Por Etérnia... Você está aqui! Você voltou! – Disse uma voz, a mesma dos sussurros.

Sento-me e rapidamente procuro a minha volta a dona daquela voz tão graciosa. É uma garota. A mais linda que já vi em minha vida. Ela trajava um lindo vestido rosa, com vários detalhes de pedras brilhantes. Seus longos cabelos castanhos caiam sobre seus ombros e uma pequena mecha cobria seu olho esquerdo. Seus olhos eram de um tom de verde tão lindo que os faziam parecer duas esmeraldas cintilando. Ela estava sorrindo com lágrimas nos olhos.

- Leo! Eu sabia que um dia ia te ver de novo! – Disse ela correndo em minha direção e me abraçando, como se nos conhecêssemos há anos.

Fiquei sem reação. Uma garota linda como aquela me abraçando e chorando por me ver e eu nem mesmo me lembrava dela. Como eu posso tê-la esquecido? Minha mãe me mataria se soubes... É mesmo! Segurei nos ombros daquela garota, olhei em seus olhos e comecei um interrogatório.

- Onde está minha mãe? Onde eu estou? Que lugar é esse? E me desculpe, mas, quem é você?

Os olhos da garota se encheram ainda mais de lágrimas após a última pergunta. Acho que eu fiz besteira.

- Você... não se lembra de mim? – Disse ela soluçando, como se estive a ponto de começar a chorar como nunca.

- Olha, me desculpe, mas eu realmente não sei quem você é. – Disse eu me preparando para o pior.

Ela engoliu o choro e disse:

- Tudo bem, eu... eu entendo. Seu pai disse que isso tinha acontecido...

- O quê!? Quem disse? – Disse eu desesperado. Será que ela sabe alguma coisa sobre meu pai?

- Seu pa... Ah, é mesmo. Você não o conhecesse. Você provavelmente nem se lembra mais de mim. – Disse ela com um olhar triste. – Bem, eu vou te explicar tudo o que está acontecendo. Antes de tudo, meu nome é Lisana, mas todos me chamam de Lia, e somos amigos desde que dormíamos em berços.

domingo, 8 de abril de 2012

Capitulo 05 - A Noite mais estranha da minha vida, até agora...

Minha mãe, por algum motivo que desconheço, ficou realmente surpresa.

- O Lucas?! Mas... Não, isso não é possível...

- O que não é possível mãe?

- Nada Leo, nada. Vamos, você tem que comer e ir se deitar novamente. Já está muito tarde pra você ficar acordado.

- Mas mãe, são nove da noite. – Disse com a expressão mais confusa que alguém pode imaginar – Eu acho que ainda está muito ce...

- Vá agora se deitar!! Não vou falar outra vez!! – Disse ela nervosa.

Nunca tinha visto aquela expressão no rosto da minha mãe. Alguma coisa a preocupou demais. Ela nunca tinha erguido o tom de voz comigo, a não ser que eu realmente merecesse. Resolvi não a contrariar e ir me deitar de novo.

- Ok mãe, estou indo. – Disse eu com uma voz calam e suave e a beijando em sua testa. – Seja o que for que acontecer vou sempre estar aqui, ok?

Ela deu um pequeno sorriso com lágrimas nos olhos e retribuiu o beijo. Subi para o meu quarto. Assim que entrei e fechei a porta, uma coisa estranha aconteceu: Vi uma luz rosada flutuar sobre minha cama e, como se fosse um raio, subiu em direção ao teto e sumiu. Fiquei sem reação por alguns momentos e num piscar de olhos toda a história da minha mãe passou pela minha cabeça. Será que o que eu vi era verdade? Não, provavelmente foi um carro que passou pela rua com os faróis altos e a luz ficou rosada graças à cortina vermelha em minha janela. Enfim, agitado com o que aconteceu, resolvi me deitar, pensando em como o final desse dia foi estranho.

Fico durante algum tempo, imerso em meus pensamentos apenas escutando os sons urbanos noturnos. Carros passando pela rua, algumas pessoas conversando, cachorros latindo. Quando de repente escuto um sussurro: “Herói...”. Abro os olhos rapidamente e me sento, procurando a fonte daquele barulho. Escuto novamente: “Herói...”. A voz que sussurrava era feminina, suave. Era como se seu som fizesse todo o meu ser se sentir em paz. Mais uma vez: “Herói... Você pode me ouvir? Peço por sua ajuda, nesses tempos de dificuldades. Peço para que apareça e salve a todos nós destes tempos infernais. Se você realmente existir, por favor, responda ao meu chamado.” De repente uma luz rosada começa a brilhar sobre minha cama, perto do teto do meu quarto. Sinto que estou sendo puxado para cima. Assim que estou subindo me jogo para frente e me seguro na cama. Minha mãe entra no quarto desesperada.

- Leo!! Não!! – Diz ela tentando me puxar de volta – Você não pode ir!! Você tem que ficar comigo!! Não me abandone como seu pai!!

Minha mão escorregou da cama. Minha mãe chorava como louca e tentava me puxar de volta. A força que me puxava era grande demais. Suas mãos escorregaram e eu voei diretamente para a luz. Apaguei.