sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Capitulo 04 - Outro sonho

Está chovendo. Raios e trovões iluminam o céu noturno. Estou numa sala mal iluminada. Tochas estão presas às paredes e queimando constantemente. Havia uma pessoa a minha frente. Era o cavaleiro e agora eu podia ver seu rosto claramente. Ele vestia uma armadura negra com cravos e empunhava uma espada tão grande quanto seu corpo. Era a mesma cena de sempre.

- Você vai me impedir? Não seja tolo, Leo. Você sempre foi inferior a mim. Nunca conseguiu me vencer em nada e não será agora que você irá me derrotar. MORRA!

Dizendo isso ele correu em minha direção e saltou, erguendo a espada sobre sua cabeça, como se quisesse acabar tudo com aquele golpe. Consegui me desviar rolando para trás. Fiquei em pé novamente e me preparei para lutar. Eu trajava uma armadura brilhante de um tipo estranho de aço. Ela tinha uma cor azulada com alguns detalhes em dourado e era leve como uma pluma. Empunhava uma espada em uma das mãos enquanto na outra havia um escudo de mesma tonalidade e material que a armadura.

- Fugir não vai mudar seu destino! Me dê o anel! - Lucas investiu em minha direção e balançou sua espada.

Acordo assustado. Minha cabeça estava girando e minha marca ardia como nunca.

- Então, ele era o cavaleiro? Por que ele está me atacando? E que anel é esse?

. A intensidade da dor dessa vez era muito mais forte que em qualquer uma das outras vezes. Leva algum tempo e algumas lágrimas até que a dor diminua. Paro e olho em minha volta. Estou no meu quarto. Provavelmente fui trazido pra cá depois que fui nocauteado. É mesmo. Eu perdi. Sinto-me péssimo quando me lembro do soco de Lucas me acertando. Mesmo me esforçando ao máximo eu não consegui vencê-lo. Levanto-me cabisbaixo e desço as escadas em busca de comida. Vou direto para cozinha e encontro com minha mãe. Já era por volta das nove da noite e ela estava jantando.

- Leo! Você acordou! Está tudo bem, querido? Seu rosto está doendo? – Disse ela com um tom de preocupação.

- Mãe, relaxa. Eu estou ótimo. Novo em folha, apesar do olho roxo. A única coisa que dói mesmo é saber que depois de tanto esforço eu não consegui vencer.

- Ah querido, não fique assim! Não importa quem venceu ou não, o que realmente importa é que você se esforçou e deu tudo de si. As pessoas que fazem isso são as reais vencedoras.

Minha mãe estava certa. Eu realmente treinei duro e dei tudo de mim na luta. Não vou ficar me lamentando pelo o que aconteceu. Vou seguir em frente e treinar ainda mais.

- Obrigado, mãe. – Disse eu, me sentindo mais aliviado e calmo. – Ah, eu preciso te contar! Eu tive o sonho de novo, mas dessa vez foi diferente!

- O quê?! Alguma coisa mudou?!

- Sim! Dessa vez eu pude ver claramente o rosto do cavaleiro, também pude ver o que eu usava. Era uma armadura com um aço num tom azul. E eu também empunhava uma espada e um escudo. Dessa vez, o cavaleiro me disse algo diferente também. Ele queria que entregasse a ele um anel.

- Nossa! Houve muitas mudanças! E o cavaleiro, agora que você conseguiu ver seu rosto, quem ele é?

- É o Lucas.

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